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OS MISTÉRIOS SOBRE A FUNDAÇÃO DE RIO CLARO


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PRIMEIRA PARTE

NOTÍCIAS RELATIVAS AO POVOADO ÀS MARGENS DO CÓRREGO DA SERVIDÃO, QUE DEU ORIGEM À FUNDAÇÃO DA CIDADE, AO SE CONSTRUIR UMA CAPELA DE SAPÉ NO LOCAL CORRESPONDENTE À RUA SETE, ESQUINA COM A AVENIDA TRÊS. A PEQUENA IGREJA FOI ELEVADA À CATEGORIA DE “CAPELA CURADA”, SENDO, DEPOIS DISSO, REZADA A PRIMEIRA MISSA NESSA CAPELA, A 24 DE JUNHO DE 1824, DANDO ORIGEM À FUNDAÇÃO OFICIAL DA CIDADE. O POVOADO JÁ EXISTIA, ENTRETANTO, APROXIMADAMADAMENTE, DESDE 1747, POIS OS TROPEIROS QUE IAM E VINHAM DE CUIABÁ, PARA FAZER O TRANSPORTE DO OURO DA COLÔNIA BRASIILEIRA PARA PORTUGAL, ACABAVAM PARANDO ÀS MARGENS DO CÓRREGO DA SERVIDÃO (ATUALMENTE SOB A AVENIDA RIO CLARO), E FORAM SE FIXANDO NAS PROXIMIDADES DO CRUZAMENTO ENTRE O CÓRREGO DA SERVIDÃO E ROTA DO OURO (QUE PASSAVA EXATAMENTE NO TRAJETO DA ATUAL RUA SEIS).
O POVOADO ORIGINAL QUE OITENTA ANOS ANTES DE RIO CLARO SER OFICIALMENTE FUNDADA (NO ANO DE 1827) JÁ EXISTIA, FOI SE FORMANDO A PARTIR DO LOCAL ONDE HOJE É O CRUZAMENTO ENTRE A RUA SEIS E A AVENIDA DEZESSEIS, POR ONDE, PASSAVA, TAMBÉM, CÓRREGO DA SERVIDÃO, CONHECIDO, NA ÉPOCA, COMO RIO PILÃO, E QUE, ATUALMENTE É RECOBERTO PELA AVENIDA RIO CLARO.

A IMPORTÂNCIA DA REGIÃO PARA A METRÓPOLE, BEM COMO OS PROBLEMAS ENFRENTADOS COM OS ÍNDIOS CAIAPÓS, QUE ATRAPALHAVAM A PASSAGEM DO PRECIOSO METAL PELA REGIÃO DO RIBEIRÃO CLARO E DO RIO PILÃO, HOJE CONHECIDO COMO CORREGO DA SERVIDÃO, PODEM SER COMPROVADAS ATRAVÉS DA TRANSCRIÇÃO DAS CORRESPONDENCIAS ENTRE O REI DE PORTUGAL E AS AUTORIDADES PORTUGUESAS NO BRASIL-COLÔNIA QUE PODERÃO SER LIDAS NAS PRÓXIMAS PÁGINAS E QUE SE ENCONTRAM CATALOGADAS NO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE DE CAMPINAS:

FONTE:

http://www.unicamp.br/siarq/pesquisa/guia/documentos_historicos.pdf



CORRESPONDÊNCIAS
ENTRE A METRÓPOLE E A COLÔNIA

PRIMEIRA FASE:
SÉCULO DEZOITO

2452 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de uma carta de D.Luiz Mascarenhas, Governador Capitão General da Capitania de São Paulo a Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real de Goiás, prometendo a Antonio Pires de Campos, títulos, gratificações e SESMARIAS (fazendas) a ele aos índios Bororós, conquanto que vigiassem o caminho de São Paulo para Goiás, principalmente entre os Rios Grande e Velhas, do ataque dos ÍNDIOS CAIAPÓS, datada de Santos EM 22 AGO.1746. s.l.d. enc.p.41-3. Museu das Bandeiras, v.388, fls.123. (cd) Pt 437 P68P

2449 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de uma carta do CAPITÃO COMANDANTE ANTONIO DE SÁ PEREIRA a Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real de Goiás, aguardando a CONFIRMAÇÃO DA DATA DE SAÍDA DA EXPEDIÇÃO PARA EXPLORAÇÃO DOS RIOS CLARO E PILÕES (hoje córrego da Servidão), datada de Vila Boa EM 05 JUN.1747. s.l.d. enc.p.26. Museu das Bandeiras, v.388, fls.84. (cd) Pt 434 P68P

2453 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de uma carta de Luiz Pimentel de Souza, Alferes de Dragões ao CAPITÃO COMANDANTE DOS DRAGÕES ANTONIO DE SÁ PEREIRA, comunicando o resultado das investigações que fez Manoel da Costa Monteiro, nos RIOS CLARO E PILÕES, procurando os transgressores, datada de Barra dos Rios Claro e Pilões EM 28 DE AGOSTO DE 1747. s.l.d. enc.p.33-4. Museu das Bandeiras, v.388, fls.95-v. (cd) Pt 438 P68 P

2457 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real de Goiás ao CAPITÃO COMANDANTE DOS DRAGÕES, ANTONIO DE SÁ PEREIRA, transmitindo instruções para expedição de exploração dos RIOS CLARO E PILÕES e a ronda nas estradas do ARRAIAL DA ANTA, para que se prendesse os transgressores, datada de Vila Boa EM 23 AGO.1747. s.l.d. enc.p.27. Museu das Bandeiras, v.388, fls.89. (cd) Pt 442 P68P

2454 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real AO CAPITÃO COMANDANTE DE DRAGÕES ANTONIO DE SÁ PEREIRA, comunicando a necessidade de enviar o último aviso a LUIZ PIMENTEL DE SOUZA, Alferes de Dragões, para que prendesse os transgressores no caminho DE GOIÁS A CUIABÁ, datada de Vila Boa EM 27 AGO.1747. s.l.d. enc.p.32-3. Museu das Bandeiras, v.388, fls.93-v. (cd)

2451 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de uma carta do CAPITÃO COMANDANTE DOS DRAGÕES ANTONIO DE SÁ PEREIRA a Manoel Antunes da Fonseca, Ouvidor Geral de Goiás, traçando os rumos da expedição destinada a PRENDER OS TRANSGRESSORES NOS RIOS CLARO E PILÕES E SOLICITANDO RONDAS DE VIGILÂNCIA NO CAMINHO PARA CUIABÁ, DATADA DE VILA BOA EM 07 SET. 1747. s.l.d. enc.p.36-7 Museu das Bandeiras, v.388, fls.103-v. (cd) Pt 436 P68P

2458 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real de Goiás a Manoel Antunes da Fonseca, Ouvidor Geral de Goiás, dando instruções para que a esquadra retorne à região dos Rios Proibidos, onde se presenciou pessoas estranhas - datada de [Cata] EM 18 NOV.1747. s.l.d. enc.p.39-40. Museu das Bandeiras, v.388, fls.109-v. (cd) Pt 443 P 68P

2474 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, de um edital de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real de Goiás, para fornecimento de mantimentos para a escolta dos RIOS CLARO E PILÕES, datada de Vila Boa EM 22 AGO. 1746. s.l.d. enc.p.17. Museu das Bandeiras, v.388, fls.46. (cd) Pt 459 P68P

2461 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real de Goiás a Manoel Antunes da Fonseca, Ouvidor Geral de Goiás, enviando instruções para que fossem entregues ao Alferes dos Dragões1 , sobre a expedição de exploração dos RIOS CLARO E PILÕES, proibindo a extração de diamantes e prendendo os transgressores, datada de Vila Boa EM 08 JUN. 1747. s.l.d. enc.p.26-7. Museu das Bandeiras, v.388, fls.84v. (cd) Pt 446 P68P

1 LUIZ PIMENTEL DE SOUZA

2464 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de uma carta de.
Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real de Goiás a Manoel Antunes da.
Fonseca, Ouvidor Geral de Goiás, solicitando maior brevidade na preparação para a expedição de soldados que iria explorar os RIOS CLARO E PILÕES, comandada pelo CAPITÃO ANTONIO DE SÁ PEREIRA, datada de Vila Boa EM 04 JUN.1747. s.l.d. enc.p.24-6. Museu das Bandeiras, v.388, fls.83. (cd) Pt 449 P68P

2463 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real de Goiás a Manoel Antunes da Fonseca, Ouvidor Geral de Goiás, relatando o encontro do Alferes dos Bastardos com os rebeldes; solicitando vigilância nas possíveis vias de obtenção de mantimentos nas estradas do Arraial das Antas e discutindo a estratégia militar para prendê-los ou afugentá-los da região, datada de Vila Boa EM 24 AGO.1747. s.l.d. enc.p.28-3l. Museu das Bandeiras, v.388, fls.90. (cd) Pt 448 P68P

2466 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real a Manoel Antunes da Fonseca, Ouvidor Geral de Goiás, sobre a preparação de uma expedição PARA PRENDER OS REBELDES QUE ATACARAM O ARRAIAL DA ANTA, COM O PROPÓSITO DE EVITAR A EXTRAÇÃO DE DIAMANTES, datada de Vila Boa EM 30 DE AGOSTO DE 1747. s.l.d. enc.p.49-5l. Museu das Bandeiras, v.388, fls.97. (cd) Pt 451 P68P

2462 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real a Manoel Antunes da Fonseca, Ouvidor Geral de Goiás, passando as informações do Soldado Dragão Manoel da Costa Monteiro, sobre a destruição do Arraial da Anta, NA REGIÃO DE RIO CLARO, pelos rebeldes transgressores, datada de Vila Boa EM 01 DE SET. DE 1747. s.l.d. enc.p.45-9. Museu das Bandeiras, v.388, fls.99. (cd) Pt 447 P68P

2465 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real de Goiás a Manoel Antunes da Fonseca, Ouvidor Geral de Goiás, solicitando a transferência do Alferes dos Dragões, DA EXPLORAÇÃO DOS RIOS CLARO E PILÕES, da distribuição de soldados no caminho de Goiás para Cuiabá, a conservação da tropa até o fim de novembro e do atendimento pelo assentista com mantimentos, datada de Vila Boa em 02 out.1747. s.l.d. enc.p.37-8. Museu das Bandeiras, v.388, fls.106-v. (cd) Pt 450 P68 P

2460 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de uma carta de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real de Goiás a Manoel Antunes da Fonseca, Ouvidor Geral de Goiás, DIZENDO QUE SABIA DO RETORNO DOS SOLDADOS QUE GUARDAVAM OS RIOS CLARO E PILÕES E ASSIM DISPENSANDO OS SOLDADOS AVENTUREIROS e colocando-se à disposição para qualquer providência, datada de Vila Boa em 04 nov.1747. s.l.d. enc.p.38. Museu das Bandeiras, v.388, fls.107-v. (cd) Pt 445 P68P

2473 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de um edital de Manoel Caetano Homem de Macedo, Provedor da Fazenda Real de Goiás, dirigido aos moradores de Vila Boa e sua comarca, PARA ARREMATAÇÃO DO CONTRATO DE ASSENTO DOS SOLDADOS DRAGÕES E PEDESTRES DESTACADOS NOS RIOS CLARO E PILÕES, DATADO DE VILA EM 20 FEV.1749. s.l.d. enc.p.43-4. Museu das Bandeiras, v.388, fls.155. (cd) Pt 458 P68P
Nota: Em outras palavras, no ano de 1749 foi conferido uma espécie de “escritura” de propriedade aos soldados que haviam recebido lotes de terra para se fixarem na região como moradores, com a finalidade de vigia-las. O fato de já existirem soldados morando na ALDEIA DA REGIÃO DO RIO CLARO, bem antes do ano de 1749, é um forte indício de que o referido povoado já teve início na primeira metade do século dezoito, em torno do ano de 1740!

2333 - Carta Régia de D.José, Rei de Portugal, por intermédio de seu Conselho Ultramarino ao Conde dos Arcos, Governador Capitão General da Capitania de Goiás, comentando o ATAQUE DOS ÍNDIOS CAIAPÓS, à diligência dos Soldados Aventureiros para exploração da área de ataque e ordenando que abonassem as despesas com a exploração E QUE CONTINUASSEM VIGIANDO O CAMINHO DE SÃO PAULO PARA GOIÁS. Lisboa, 03 MAR.1752. enc.p.57-9. (Museu das Bandeiras, Ordens Régias, v.382, fls.12-v) Pt 318 P68P

2334 - Carta Régia de D.José, Rei de Portugal, por intermédio de seu Conselho Ultramarino ao Conde dos Arcos, Governador Capitão General da Capitania de Goiás, APROVANDO AS DESPESAS COM EXPEDIÇÕES PUNITIVAS CONTRA OS ÍNDIOS CAIAPÓS, QUE HOSTILIZAVAM VIAJANTES NO CAMINHO DE SÃO PAULO PARA GOIÁS, NAS VIZINHANÇAS DE RIO CLARO. Lisboa, 07 MAR.1752. enc.p.59. (Museu das Bandeiras, Ordens Régias, v.382, fls.13) Pt 319 P68P

Observação: este fato revela o verdadeiro motivo pelo qual existe, tanto no brasão, quanto na bandeira de Rio Claro, um leão deitado, guardando um campo de sangue com os dizeres: “QUIETA NON MÓVERE”, mostrando, também, que a verdadeira tradução dessa frase em latim para o português significa: “NÃO IMPORTUNE OS VIAJANTES”. Este leão que guarda as expedições que transportavam o ouro de Goiás para São Paulo representa o trabalho feito pelo CAPITÃO COMANDANTE DOS DRAGÕES ANTONIO DE SÁ PEREIRA, que, através de uma aliança com os índios Bororós, “PACIFICARA” A REGIÃO DE RIO CLARO, contra os ataques dos índios CAIAPÓS, através de um gigantesco genocídio contra esta tribo indígena. “O “leão” do ouro fartou-se do sangue dos Caiapós, e agora, deitado sobre o “campo de sangue”, da bandeira rioclarense, “descansa” enquanto vigia a região, contra os ataques contra qualquer viajante, dizendo: Quieta non movere”. Por essa façanha, o capitão PEREIRA recebeu como recompensa uma gigantesca fazenda (sesmaria), que ia desde a região de São Carlos e Araraquara até as imediações de Campinas. O curral dos Pereira ficou localizado longe do povoado, próximo à divisa entre os municípios de Rio Claro e Piracicaba.

2335 - Registro feito por Francisco Ângelo Xavier de Aguirre, Escrivão da Fazenda Real, de uma provisão de D. José, Rei de Portugal, por intermédio de seu Conselho Ultramarino, ao Conde dos Arcos, Governador Capitão General da Capitania de Goiás, APROVANDO AS DESPESAS DAS EXPEDIÇÕES PUNITIVAS, ENVIADAS EM 1750, CONTRA OS ÍNDIOS CAIAPÓS NO ARRAIAL DE RIO CLARO e solicitando a contenção de despesas, datada de Lisboa em 07 mar.1752. Lisboa, 28 JUL.1752. enc. p. 84. Museu das Bandeiras, Registro Geral, 1752. v.389, fl.159. (cd) Pt 320 P68P

2437 - Cópia da Ordem régia nº 4 de D. José, Rei de Portugal, por intermédio de seu Conselho Ultramarino ao Conde dos Arcos, Governador Capitão General da Capitania de Goiás, referindo-se a uma representação dos moradores de alguns arraiais, em prol dos índios Akroá e sua pacificação e catequese por Antonio Gomes Leite, prometendo-lhes prêmios nas mesmas circunstâncias que se observou com o Coronel Antonio Pires de Campos, com os Caiapós. Lisboa, 31 mar.1753. enc.p.13-14. Museu das Bandeiras, v. 397, fl.99v. (cd) Pt 422 P68P

2337 - Carta Régia de D.José, Rei de Portugal, por intermédio de seu Conselho Ultramarino ao Conde dos Arcos, Governador Capitão General da Capitania de Goiás, substituindo Antonio Pires de Campos por seu irmão MANOEL DE CAMPOS BICUDO, NO COMBATE AOS ÍNDIOS CAIAPÓ, NO CAMINHO DE SÃO PAULO PARA GOIÁS. Lisboa, 22 MAIO 1753. enc.p.60. Museu das Bandeiras, Ordens Régias, 1753, v.382, fls.13-v) (cd) Pt 322 P68P

2336 - Carta Régia de D.José, Rei de Portugal, por intermédio de seu Conselho Ultramarino ao Conde dos Arcos, Governador Capitão General da Capitania de Goiás, elogiando o trabalho de Wenceslau Gomes da Silva, a respeito da civilização dos índios; aprovando as despesas realizadas e PEDINDO que a civilização dos índios FOSSE FEITA SEM HOSTILIDADES, de acordo com o regimento. Lisboa, 22 DE MAIO DE 1753. enc.p.60-1. Museu das Bandeiras, Ordens Régias, 1752, v.382, fls.13-v) (cd) Pt 321 P68P

2338 - Carta Régia de D.José, Rei de Portugal, por intermédio de seu Conselho Ultramarino ao Conde dos Arcos, Governador Capitão General da Capitania de Goiás, aprovando as despesas com o ESTABELECIMENTO DE UMA ALDEIA DE ÍNDIOS CAIAPÓ NA REGIÃO DE RIO CLARO E MANDANDO QUE ABRISSE UMA DEVASSA CONTRA JOÃO LEME, POR HOSTILIDADES PRATICADAS CONTRA OS ÍNDIOS. Lisboa, 28 maio 1753. enc.p.62. Museu das Bandeiras, Ordens Régias, 1753, v.382, fls.14) (cd) Pt 323 P68P

Nota: Os nativos tinham, apenas, que se lembrar do “leão” e da ordem que imperava na região, que era a de “não importunar os viajantes” (“QUIETA NON MOVERE”)

2436 - Cópia da Ordem Régia nº 3, de D. José, Rei de Portugal, por intermédio de seu Conselho Ultramarino ao Conde dos Arcos, Governador Capitão General da Capitania de Goiás, referindo-se ao ATAQUE DOS ÍNDIOS CAIAPÓ aos (índios) Araxá, A CRUELDADE DE JOÃO LEME CONTRA OUTROS ÍNDIOS que haviam solicitado missionários, A REDUÇÃO (populacional) OCORRIDA NA ALDEIA DO RIO CLARO, solicitando auxílio da Fazenda Real na catequese indígena E A ABERTURA DE UMA DEVASSA CONTRA JOÃO LEME. LISBOA, 28 DE MAIO DE 1753. enc. p.12-13. Museu das Bandeiras, Resoluções, 1753, v. 397, fl.99. (cd) Pt 421 P68P

2339 - Carta Régia de D.José, Rei de Portugal, por intermédio de seu Conselho Ultramarino ao Conde dos Arcos, Governador Capitão General da Capitania de Goiás, determinando que os índios não fossem retirados de suas próprias terras, mas que fossem nelas aldeados e assistidos por missionários. Lisboa, 30 maio 1753. enc. p.62-3. Museu das Bandeiras, Ordens Régias, v.382, fls. 14-v) (cd) Pt 324 P68P

1789 (+-) MANOEL PAES DE ARRUDA nascido na cidade de ITU no ano de 1762, casado e ainda moço (+- 28 anos) desce com seus filhos, esposa e alguns companheiros o rio Tietê numa expedição até a sua desembocadura no rio Piracicaba e dali, subindo este rio À PROCURA DAS PRANÍCIES DO MORRO AZUL2 , situadas na rota de Mato Grosso, entre os rios Corumbataí e Ribeirão Claro, onde os tropeiros que viajavam para o Mato Grosso em busca de ouro paravam num córrego que era chamado córrego da Servidão, para nestas proximidades montar a sede de uma fazenda que compraria dos irmãos PEREIRA, a qual era cortada pelo Ribeirão Claro de norte a sul, uma região que corresponde, hoje, a grande parte da cidade de Rio Claro, o Horto Florestal Navarro de Andrade, sendo, mais tarde, nomeado “Inspetor dos Caminhos dos Bairros do Morro Azul e Ribeirão Claro. (Região de Rio Claro, Santa Gertrudes e Cordeirópolis) construindo pontes que davam, aos moradores do sertão, um meio de acesso ao comércio do povoado (isto é, da Aldeia do Rio Claro).
Fonte: COLETÂNEA HISTÓRICA, OSCAR DE ARRUDA PENTEADO.

2Morro Azul: monte próximo à cidade de Limeira, no qual existem belas palmeiras imperiais, e onde se encontram instaladas as torres de televisão daquela cidade e da cidade de Iracemápolis.

2383 - Carta dos Oficiais da Câmara da Vila de ITU a Caetano Luís de Barros Monteiro, Ouvidor Geral da Comarca de São Paulo, sobre A ELEVAÇÃO DA FREGUESIA DE ARARITAGUABA A VILA DE PORTO FELIZ, referindo-se ao rendimento para darem seu parecer positivo. Itu, 26 set.1797. São Paulo, Arquivo Público do Estado de São Paulo, T.C., cx.8, pasta 2, doc.31. (cd/1p) Pt 368 P66P

2384 - Carta de Caetano Luís de Barros Monteiro, Ouvidor Geral da Comarca de São Paulo a Antonio Manoel de Melo Castro e Mendonça, sobre a nova eleição de capitão-mor e de sargento-mor de São Carlos; a elevação à VILA DA FREGUESIA DE ARARITAGUABA, com o nome de PORTO FELIZ e a confirmação do novo nome. Porto Feliz, 24 dez. 1797. São Paulo, Arquivo Público do Estado de São Paulo, T.C., cx. 8, pasta 2, doc.40 e 41. (cd/1p) Pt 369 P66P

2387 - Carta do Capitão-mor Francisco Correa de Morais Leite, informando o estado das canoas e as providências tomadas para sua preservação. Porto Feliz, 13 abr.1798. Arquivo Público do Estado de São Paulo, cx.8, pasta 3, doc.11. (cd/1p) Pt 372 P66P

Obs: Porto Feliz era um importante porto fluvial, pois, durante a época das cheias dos rios (isto é, dezembro e janeiro - um período que recebia o nome de MONÇÕES), saiam desta cidade diversas expedições com barcos que conseguiam chegar até a cidade de Cuiabá. Quando havia cachoeiras ou quedas d’água no meio do percurso, os viajantes tinham que carregar as canoas por pequenas trilhas que contornavam as cachoeiras, para chegar até o outro trecho navegável dos rios. Estas podiam ser grandes ou pequenas, podendo ser transpostas, ao mesmo tempo, por uma duas ou mais pessoas. Conforme o tamanho dessas trilhas das cachoeiras dos rios, estes recebiam os nomes de rio “PASSA CINCO”, rio “PASSA QUATRO” etc.
Coincidentemente, o barão de Porto Feliz veio a fixar-se na cidade de Rio Claro, sendo a sua mansão localizada, até hoje, na avenida dois, esquina da rua seis. (tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional)

SEGUNDA FASE:
SÉCULO DEZENOVE

2394 - Carta do Capitão-mor Francisco Correa de Morais Leite, comunicando a falta de canoas, remeiros (remadores), feijão e toucinho e solicitando o envio dos mesmos para que pudesse suprir a expedição para Camapuã. Vila de Porto Feliz, 21 mar. 1804. Arquivo Público do Estado de São Paulo, cx.8, pasta 4, doc.1. (cd/1p) Pt 379 P66P.

2395 - Carta do Capitão-mor Francisco Correa de Morais Leite, determinando que nenhum cuiabano desta vila se embriagasse na véspera e no dia da partida da expedição. Quartel de Porto Feliz, 18 DE MARÇO DE 1806. Arquivo Público do Estado de São Paulo, cx.8, pasta 4, n.13. (cd/1p) Pt 380 P66P

2396 - Relação da carregação que leva a Vila de Cuiabá, Manoel de Souza pelo caminho do Rº, indicando as quantidades e discriminando as mercadorias: alimentos, utensílios e armamentos. s.l., abr. 1808. s.ref. Contém anotação de SBH sobre o texto. (cd/2p) Pt 381 P70

2397 - Carta dos Oficiais da Câmara de Porto Feliz relatando o trabalho de alinhamento do terreno para a POVOAÇÃO DA FREGUESIA DE PIRACICABA. Porto Feliz, 29 out.1808. Arquivo Público do Estado de São Paulo, cx.54, pasta 1, n.29. (cd/1p) Pt 382 P66P

2398 - ORDEM RÉGIA DO CONDE AGUIAR, CONSELHEIRO DE ESTADO E PRESIDENTE DO REAL ERÁRIO À JUNTA DE ADMINISTRAÇÃO E ARRECADAÇÃO DA REAL FAZENDA DE GOIÁS, DETERMINANDO QUE A CAPITANIA DE GOIÁS, ENVIASSE ANUALMENTE À CAPITANIA DE MATO GROSSO, TODO EXCEDENTE DO QUINTO DO OURO ATÉ A QUANTIDADE DE QUATRO ARROBAS e a importância total dos novos impostos. Rio de Janeiro, 07 nov.1809. enc.p.1-2. Museu das Bandeiras, Ordens Régias, 1809, v.365, fls.114. (cd) Pt 383 P68P

2404 - Carta dos Oficiais da Câmara de Porto Feliz relatando a demarcação de limites da Freguesia de Piracicaba. Porto Feliz, 19 abr. 1818. Arquivo Público do Estado de São Paulo, cx.8, pasta 5, n.14. (cd/1p) Pt 389 P66P

2405 - Carta do Capitão-mor Antonio da Silva Leite, a D. João Carlos Augusto d' Oeynhausen, Governador Capitão General da Capitania de Mato Grosso, relatando o estado da agricultura neste distrito e enviando relações a pedido. Porto Feliz, 17 fev.1820. Arquivo Público do Estado de São Paulo, cx.54, pasta 2, n.7. (cd/1p) Pt 390 P66P

2412 - Carta do Capitão-mor Antonio da Silva Leite, Comandante do Quartel de Porto Feliz a D. João Carlos Augusto d' Oeynhausen, Governador Capitão General da Capitania de Mato Grosso, comentando os últimos preparativos da expedição para Camapuã. PORTO FELIZ, 24 OUT.1820. Arquivo Público do Estado de São Paulo, T.C., 1733-1822, cx.54, pasta 2, doc.30. (cd/1p)Pt 397 P66P

2414 - Carta do Capitão-mor Antonio da Silva Leite de Morais a D. João Carlos Augusto d' Oeyhnausen, Governador Capitão General da Capitania de Mato Grosso, informando a partida da EXPEDIÇÃO REAL DE PORTO FELIZ, no dia 4 do corrente, com destino a Camapuã e enviando relações das canoas, apetrechos e volumes enviados na expedição e a relação de objetos pertencentes à Capitania armazenados no Almoxarifado da Vila. Porto Feliz, 09 DEZ.1820. Arquivo Público do Estado de São Paulo, cx.54, p.2, n.37. (cd/3p) Pt 399 P66P

SEGUNDA PARTE

OS DADOS HISTÓRICOS
A SEGUIR, REVELAM DETALHES
POUCO CONHECIDOS SOBRE A FUNDAÇÃO
OFICIAL DA CIDADE DE RIO CLARO E FORAM EXTRAÍDOS, EM SUA MAIOR PARTE, DA OBRA LITERÁRIA “COLETÂNEA HISTÓRICA”, ESCRITA PELO RIOCLARENSE OSCAR DE ARRUDA PENTEADO:

1817 – O famoso SENADOR VERGUEIRO (que, posteriormente, viria a se tornar regente de dom Pedro II) adquire uma fazendo na região de Rio Claro que recebeu o nome de fazenda IBICABA, fixando-se na região, onde, como Inspetor dos Caminhos da Vila de Piracicaba, determinou o traçado das ruas de Piracicaba, Limeira e Rio Claro, fosse em forma de TABULEIRO DE XADREZ, símbolo do dualismo gnostico dos rosacruzes, cujos graus cavalheirescos encontram-se representados nos altos graus do rito escocês da maçonaria: Assim, por determinação do senador, as ruas das três cidades, deveriam ter cruzamentos em ângulos retos A CADA 88 METROS, número que lembra, ,também, a numerologia do tabuleiro de xadrez, o qual é constituído por oito fileiras de casas em cada um dos seus quatro lados, tudo com o preto no branco. (bipolaridade)

1821 – FRANCISCO COSTA ALVES conseguiu a concessão de terras devolutas pelo governador da província de São Paulo João Carlos A. Oeynhausen.

1826 – Aportavam na região de Rio Claro dois personagens muito amigos, COSTA ALVES e o padre DELFIN DA SILVA BARBOSA, que trazia em sua bagagem a imagem daquele que deveria se tornar o padroeiro daquele povoado, que estava destinado a tornar-se uma “cidade-altar”, ou seja, a imagem de SÃO JOÃO BATISTA (O BAPHOMÉ DA SALOMÉ DE HERODÍADES), uma escultura feita na BAHIA e adquirida pelo referido padre por altíssimo preço.
Padre Delfino veio com Costa Alves para que este tomasse posse da fazenda que ganhara, a fim de “abençoar” suas terras. Mas, depois de faze-lo, o clérigo acabou ficando por aqui mesmo, pois sua missão e objetivo, juntamente com Costa Alves, seriam fazer com que o ídolo baiano se tornasse o padroeiro da cidade que se formaria nas planícies do morro Azul, a São João do Rio Claro, que, pela sua futura disposição e ruas numeradas cabalísticamente, viria a se tornar a “cidade-altar” de Baphomé.
Quando os dois amigos aqui chegaram já existia um PEQUENO POVOADO, a Aldeia do Rio Claro, que foi o resultado do trabalho realizado por PAES DE ARRUDA, que, proveniente da cidade de ITU, O “BERÇO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA”, facilitou a fixação de posseiros, de outros sesmeiros (fazendeiros) e de muitos tropeiros, instalando a sede de sua fazenda nas proximidades do povoado. (região da rua oito esquina da avenida quatro) e construindo pousadas nas proximidades da aldeia, que ficava nas imediações da atual rua seis, no trecho em que esta passa pela avenida Rio Claro, que está sobre o referido córrego.. Com isso, muitos dos viajantes, ao invés de continuarem sua longa jornada até o Mato Grosso, acabaram fixando suas moradias às margens do córrego da Servidão. Houve também diversos aventureiros que organizaram um comercio rudimentar na beira da estrada que conduzia os tropeiros em busca de ouro até a cidade de Cuiabá, MATO GROSSO, que era chamada de “ROTA DO OURO” E cujo trajeto coincidia com a via que hoje é conhecida como RUA SEIS. Este fato fez com que muitos tropeiros fossem atraídos a fixar moradia nas imediações do morro Azul, mais precisamente, entre o trecho da rua seis, que fica compreendido entre os cruzamentos com a avenida dezesseis até a esquina com a avenida oito, e o próprio córrego da Servidão, hoje recoberto pela avenida Rio Claro. A proximidade desta aldeia com o, então, conhecido morro Azul, fez com que a cidade se tornasse, atulamente, conhecida como “cidade azul”.

1827 – Os moradores do pequeno povoado que surgira às margens do córrego da Servidão constroem uma capela rústica no local onde hoje se localiza a rua sete, entre avenidas três e cinco. Quando esta foi elevada à categoria de “Capela Curada”, o padre Delfim celebrou nela, sua primeira missa no dia 24 de junho de 1827, COMO NÃO PODERIA DEIXAR DE SER, JUSTAMENTE NO DIA DE SÃO JOÃO, QUE TAMBÉM É O DIA DE BAPHOMÉ, cuja imagem, o militar Costa Alves trouxe através das mãos do padre Delfim, PARA ESTE FIM. (Francisco da Costa Alves veio a falecer um ano depois deste dia, que acabou sendo considerado o dia da fundação de Rio Claro)

1828 – O PADRE DELFIN fixa morada próximo ao povoado que se formava às margens do córrego da Servidão enquanto que o proprietário da fazenda em que a cidade de Rio Claro foi construída, o sr. MANOEL PAES DE ARRUDA, o pioneiro que veio de Itu para fazer com que a pequena aldeia que ficava às margens do córrego da Servidão viesse a se tornar uma cidade, DOOU 32 ALQUEIRES DE TERRAS AO ESPÍRITO CHAMADO BAPHOMÉ, entidade conhecida na igreja católica como “São João Batista” (BAPHOMÉ = João BAPTISTA + SALOMÉ, a jovem filha de Herodíades, esposa e cunhada do rei Herodes, que, apesar de ser sobrinha e enteada deste rei, decidiu “presenteá-lo”, em seu aniversário natalício, com uma exótica dança de “strip-tease”, conhecida como “dança dos sete véus”, uma apresentação coreográfica de nudismo, cuja objetivo é lançar um poderoso encantamento erótico sobre a assistência. O feitiço lançado pela “belíssima” Salomé sobre seu “tio-padrasto”, levou-o a um intenso êxtase, agradando-o, de tal forma, que seu “real padrasto” prometeu dar-lhe qualquer coisa que lhe pedisse; ainda que fosse metade do seu reino. Salomé, entretanto, orientada por Herodíades, sua mãe, pediu que Herodes lhe desse sem demora a CABEÇA DE JOÃO BATISTA NUMA BAIXELA DE PRATA. Após receber a cabeça do profeta bandeja de prata, a jovem bailarina entregou-a à sua mãe, que se apropriou dela, pois, segundo a Bíblia, os discípulos somente puderam enterrar o seu corpo. É praticamente certo que a cabeça de João Batista foi embalsamada e revestida de cobre pela mulher de Herodes, que fez dela um importante ÍDOLO, que, através dos séculos passou a ser adorado como A “CABEÇA MÁGICA” DO “MESSIAS”, sendo, na verdade, uma imagem do Anticristo, pois o próprio João Batista declarou, várias vezes, que ele não era o Cristo. Sendo adornada com chifres e orelhas de bode, esta “cabeça”, ou “imagem da besta”, acabou sendo adorada durante os séculos por várias sociedades secretas e igrejas satânicas, inclusive pelos CÁTAROS, pelos satanistas e pelos bruxos nos sabás das feiticeiras, sendo que, a partir do século onze, a ordem dos CAVALEIROS TEMPLÁRIOS (a sociedade secreta que foi a precursora da maçonaria atual) obteve a posse da mesma, sendo posteriormente acusada pela igreja católica de adorar uma “cabeça de bode”. Obs.: Existe, hoje, um subdivisão da maçonaria conhecida como “Loja Azul”, também conhecida, mundialmente, como “MAÇONARIA DE SÃO JOÃO”. A “cabeça de João Batista, na forma de Baphomé, tem tanta importância para esta sociedade secreta que o DIA DE SÃO JOÃO, foi escolhido por ela para ser a data de fundação da maçonaria moderna, o que ocorreu no dia 24 de junho de 1717, quando foi fundada a Grande Loja de Londres, que unificou os ritos e os símbolos das maçonarias do mundo inteiro.
Coincidentemente, esta data é muito semelhante à da fundação de Rio Claro, ou seja, 24 de junho de 1827. Por outro lado, diante de tudo isso, nossa cidade acabou ficando conhecida, também, como a “CIDADE AZUL”, pois o pioneiro Paes de Arruda veio para esta região “à procura das planícies do “MORRO AZUL””, no ponto de intercessão entre a estrada que conduzia ao Mato Grosso (a rua seis, também conhecida como “A ROTA DO OURO”) e o CÓRREGO DA SERVIDÃO; localidade onde, comprando uma grande extensão de terras e montando nelas sua nova fazenda, TINHA A “MISSÃO” DE FUNDAR UMA CIDADE. Esta, de fato, viria a se tornar uma espécie de “ninho” maçônico, pois a MAÇONARIA DA LOJA AZUL compreende justamente os apenas os três primeiros graus iniciais desta SOCIEDADE SECRETA DE INICIAÇÃO.

1832 – Paes de Arruda e outros funda a “SOCIEDADE DO BEM COMUM”, que existiu entre os anos de 1832 e 1839, que tinha como finalidade “vender em datas o terreno doado a são João, depois de tirado o necessário para o uso público: aplicar o dinheiro em obras públicas e na construção da igreja matriz...” ou seja, assentar os moradores daquela pequena aldeia nos 32 alqueires doados, pelo próprio Paes de Arruda, a Baphomé. A distribuição planejada destas terras permitiu que as ruas e toda a cidade, assumisse o formato de um gigantesco TABULEIRO DE XADREZ, pois, somente nas datas certas, as famílias escolhidas e designadas para controlar o lugar, poderiam tomar posse dos lotes que adquiriam e, exercer, assim, seu sacerdócio luciferiano nas planícies do morro Azul.

1836 – É lavrada a escritura posse dos trinta e dois alqueires de terra doados por Paes de Arruda, em nome de São João Batista, o famoso bode hermafrodita templário e padroeiro da “CIDADE AZUL”, conhecido como Baphomé.

1886 – Os terrenos cuidadosamente vendidos pela “Sociedade do Bem Comum”, fazem com que a cidade passe a ter oito ruas no sentido norte-sul e oito ruas no sentido leste-oeste. Nesse exato momento em que Rio Claro atingiu o numero de quadras de um tabuleiro de xadrez (8x8 =64) o presidente da Câmara Municipal de Rio Claro, TENENTE SIQUEIRA CAMPOS entra com um requerimento na câmara solicitando a substituição dos nomes das ruas da cidade, por NÚMEROS, para transformá-la, por inteiro, num gigantesco talismã cabalístico, pois a cabala considera que os dez primeiros números são princípios divinos universais vivos, que consideram “deuses”. Os ocultistas adoram os números de um a nove e consideram-nos como “deuses”. Mas no requerimento, o tenente maçom justifica sua indicação por sua maior praticidade, por ser a maneira como muitas cidades norte americanas como Washington identificam suas ruas e por ser a forma mais “RACIONAL”, ou seja, destituída de fé, tanto no entender dos “pais fundadores” da América como para os da cidade de Rio Claro e seus sucessores.
A dupla polaridade do zoroastrismo e da magia negra também foi inclusa no requerimento do tenente Siqueira, que determinava que, as avenidas a partir da avenida um, em direção ao NORTE, seriam identificadas pelos NUMEROS PARES, enquanto que as que estivessem da avenida um para a direção SUL, seriam nomeadas como NUMEROS IMPARES, venerando, assim, o “deus” bipolar e bissexualmente andrógino Baphomé, a cabeça de João Batista.
Vivemos, portanto, numa cidade-altar, para não falar do sistema de túneis, cuja configuração também é uma representação das “divindades” numéricas da cabala e de sua “árvore sefirótica”.